A fase do envelhecimento é marcada por alterações fisiológicas progressivas e contínuas no organismo, que reduzem a capacidade de adaptação do idoso às atividades funcionais, comprometendo aos poucos a execução de atividades diárias simples, ocasionando redução progressiva na autonomia e na adaptação natural ao meio que vivem. Com isso, o risco de sofrerem quedas se torna cada vez maior.

A queda é um evento não intencional de deslocamento do corpo, durante um movimento executado, que é incapaz de ser corrigido em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais comprometendo a estabilidade. É um problema sério de saúde pública e de relevante impacto social na vida dos idosos, pois o temor de novas quedas leva a perda de confiança na capacidade de deambular com segurança, resultando na porá do declínio funcional, baixa autoestima, isolamento social e depressão. A reabilitação pós-queda pode ser demorada, e, no caso de imobilidade prolongada, leva a complicações como tromboembolismo venoso, úlceras de pressão e incontinência urinária.
É o mais frequente e sério problema de acidente doméstico registrado em idosos que pode resultar em hospitalização, dependência de locomoção e até a morte.
Existem diversas circunstâncias que podem favorecer a queda, estão relacionadas às condições do ambiente que vivem, sedentarismo, as doenças relacionadas ao envelhecimento, comprometimento da acuidade visual e ou até mesmo aos medicamentos de uso contínuo utilizados pelo paciente. Algumas patologias podem comprometer a integridade muscular e óssea do idoso, como artrose, osteoporose e labirintite, que resultam em perda do equilíbrio e fraqueza muscular e articular, além de doenças cardíacas e neurológicas que predispõem o idoso à queda.
A prevenção da queda é de importância ímpar pelo seu potencial de diminuir a morbidade e a mortalidade, os custos hospitalares e o asilamento consequentes.